Cada vez mais afeito a jogos grandes, time de Artur Jorge fez segundo tempo implacável, poderia ter feito placar maior, e deu recado mais do que sólido sobre a vontade de conquistar títulos
Matheus Martins faz quarto gol do Flamengo sobre o Botafogo e explode o Nilton Santos em festa — Foto: Guito Moreto/Agência O Globo
Porto Velho, Rondônia - Uma vitória apoteótica em um clássico que pode mudar os rumos da temporada — para os dois lados. Mais do que isso, confirma o potencial de um time que se mostra cada vez mais afeito a jogos grandes. Foi assim que o Botafogo, de forma implacável, goleou o Flamengo por 4 a 1, ontem, no Nilton Santos, com direito a olé nas arquibancadas, e voltou à liderança do Brasileirão. Mateo Ponte, Igor Jesus e Matheus Martins (duas vezes) marcaram, enquanto Bruno Henrique fez o gol rubro-negro.
De um lado, ficou o gostinho por um placar até maior e um recado mais do que sólido sobre a vontade de conquistar títulos, e que deixa o rival em cacos, em uma semana decisiva para ambos na Libertadores da América.
Não houve dúvidas da forma como o alvinegro encarou a importância do clássico, pois Artur Jorge entrou em campo com o que tinha de melhor, repetindo a escalação da partida contra o Palmeiras na última quarta-feira. O que se viu foi um jogo em que não se baixou o ritmo em quase nenhum momento, em especial no segundo tempo.
O começo foi de boas notícias, a começar pelo gol de Mateo Ponte, com apenas dois minutos, que mostrou alguns comportamentos de partidas recentes. Após uma jogada de movimentação intensa, Marlon Freitas dominou a bola de frente para a área e encontrou, às costas da defesa do Flamengo, o lateral-direito uruguaio, que cabeceou no canto de Rossi. O volante continua sendo um facilitador no meio, com passes inspirados.
Mais uma vez, o Flamengo sofreu gol em bola aérea, problema que Tite não consegue solucionar e vem sendo cada vez mais explorado pelos adversários. Para piorar, Arrascaeta sentiu dores no músculo adutor da coxa esquerda com seis minutos de jogo, e precisou ser substituído, virando mais uma preocupação para uma longa lista do departamento médico.
Porém, mesmo desfigurado, o Flamengo chegou a ressurgir graças a um belo lançamento de Léo Ortiz, que rasgou a defesa do Botafogo e deixou Bruno Henrique em condição para encobrir John. O camisa 27 marcou seu sétimo gol no Nilton Santos e voltou a fazer o alvinegro de vítima.
Era um momento que Botafogo criava mais chances, mas não as convertia. Este é um tipo de jogo que castiga. Mas nada como a volta do intervalo com uma postura de pressão para mudar o panorama. Usando-se de invertidas de bola e um contra um, a equipe de Artur Jorge encurralou o adversário — por 45 minutos. Após receber de Ponte, Almada tirou Wesley e chutou. O bate-rebate na defesa fez com que a bola sobrasse para Igor Jesus. Iluminado na área, marcou em mais um jogo.
E o Botafogo criou o suficiente para ter uma vantagem larga bem mais cedo, ou para marcar seis ou sete gols, mas voltou a pecar nas definições, contra um Flamengo que se encontrava totalmente desconcertado. A primeira delas veio no pênalti marcado na falta de Ayrton Lucas em Luiz Henrique. Almada teve a chance de ouro de fazer seu primeiro gol com a camisa alvinegra, mas parou em Rossi.
Várias oportunidades
Chances incríveis foram empilhadas, mas também perdidas em sequência por Tiquinho, Savarino, Luiz Henrique e Matheus Martins. Este último nome de suma importância para o resultado final da partida. Em seu quarto jogo pelo Botafogo, desencantou no melhor estilo e em dose dupla. Primeiro, completando cruzamento de Savarino. Nos acréscimos, driblando David Luiz e fazendo o Estádio Nilton Santos entrar em êxtase.
Esta foi a primeira vez que o Botafogo venceu o Flamengo nos dois turnos na era dos pontos corridos — no primeiro, vitória por 2 a 0, no Maracanã. De três jogos extremamente decisivos em uma semana, o alvinegro já venceu dois.
Na quarta-feira, chegará ao Allianz Parques confiante e precisando de apenas um empate para avançar às quartas da Libertadores. Já o Flamengo, que se encontra cada vez mais próximo de perder o rumo, com Tite questionado e muitas lesões no elenco, vai a La Paz, para tentar se classificar diante do Bolívar.
Fonte: O GLOBO
Não houve dúvidas da forma como o alvinegro encarou a importância do clássico, pois Artur Jorge entrou em campo com o que tinha de melhor, repetindo a escalação da partida contra o Palmeiras na última quarta-feira. O que se viu foi um jogo em que não se baixou o ritmo em quase nenhum momento, em especial no segundo tempo.
O começo foi de boas notícias, a começar pelo gol de Mateo Ponte, com apenas dois minutos, que mostrou alguns comportamentos de partidas recentes. Após uma jogada de movimentação intensa, Marlon Freitas dominou a bola de frente para a área e encontrou, às costas da defesa do Flamengo, o lateral-direito uruguaio, que cabeceou no canto de Rossi. O volante continua sendo um facilitador no meio, com passes inspirados.
Mais uma vez, o Flamengo sofreu gol em bola aérea, problema que Tite não consegue solucionar e vem sendo cada vez mais explorado pelos adversários. Para piorar, Arrascaeta sentiu dores no músculo adutor da coxa esquerda com seis minutos de jogo, e precisou ser substituído, virando mais uma preocupação para uma longa lista do departamento médico.
Porém, mesmo desfigurado, o Flamengo chegou a ressurgir graças a um belo lançamento de Léo Ortiz, que rasgou a defesa do Botafogo e deixou Bruno Henrique em condição para encobrir John. O camisa 27 marcou seu sétimo gol no Nilton Santos e voltou a fazer o alvinegro de vítima.
Era um momento que Botafogo criava mais chances, mas não as convertia. Este é um tipo de jogo que castiga. Mas nada como a volta do intervalo com uma postura de pressão para mudar o panorama. Usando-se de invertidas de bola e um contra um, a equipe de Artur Jorge encurralou o adversário — por 45 minutos. Após receber de Ponte, Almada tirou Wesley e chutou. O bate-rebate na defesa fez com que a bola sobrasse para Igor Jesus. Iluminado na área, marcou em mais um jogo.
E o Botafogo criou o suficiente para ter uma vantagem larga bem mais cedo, ou para marcar seis ou sete gols, mas voltou a pecar nas definições, contra um Flamengo que se encontrava totalmente desconcertado. A primeira delas veio no pênalti marcado na falta de Ayrton Lucas em Luiz Henrique. Almada teve a chance de ouro de fazer seu primeiro gol com a camisa alvinegra, mas parou em Rossi.
Várias oportunidades
Chances incríveis foram empilhadas, mas também perdidas em sequência por Tiquinho, Savarino, Luiz Henrique e Matheus Martins. Este último nome de suma importância para o resultado final da partida. Em seu quarto jogo pelo Botafogo, desencantou no melhor estilo e em dose dupla. Primeiro, completando cruzamento de Savarino. Nos acréscimos, driblando David Luiz e fazendo o Estádio Nilton Santos entrar em êxtase.
Esta foi a primeira vez que o Botafogo venceu o Flamengo nos dois turnos na era dos pontos corridos — no primeiro, vitória por 2 a 0, no Maracanã. De três jogos extremamente decisivos em uma semana, o alvinegro já venceu dois.
Na quarta-feira, chegará ao Allianz Parques confiante e precisando de apenas um empate para avançar às quartas da Libertadores. Já o Flamengo, que se encontra cada vez mais próximo de perder o rumo, com Tite questionado e muitas lesões no elenco, vai a La Paz, para tentar se classificar diante do Bolívar.
Fonte: O GLOBO
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