Montadora chinesa lançou o Yuan Pro, nesta quinta-feira em São Paulo, com preço de R$ 182 mil

Yuan Pro, da BYD, começa a ser vendido por R$ 182 mil — Foto: Divulgação BYD

Porto Velho, Rondônia -
Um ano depois do lançamento do Dolphin no Brasil, a montadora chinesa BYD está trazendo ao mercado brasileiro o Yan Pro, um SUV compacto 100% elétrico, que foi lançado nesta quinta-feira, em São Paulo, para trazer mais concorrência ao segmento de SUVs compatos. A montadora chinesa, que tem no Brasil seu segundo maior mercado do mundo, está avançando nos investimentos de sua fábrica na Bahia, que deve começar a produzir em 2025, e já mira novos investimentos, disse Alexandre Baldy, vice-presidente da BYD.

O modelo chinês vai disputar mercado com outros SUVs dessa categoria, como o T-Cross, da Volks, e o Kicks, da Nissan. O Yan Pro começou a ser vendido pelo preço de R$ 182,8 mil, anunciou a montadora. Também é possível fazer uma assinatura do carro, por 48 meses, com pagamento de R$ 4,4 mil mensais. O gasto de energia com o carro é cinco vezes menor do que na comparação com um veículo a combustão.

— Depois de um ano do lançamento do Dolphin, estamos trazendo o Yuan Pro. O brasileiro tinha a visão de que carro elétrico era distante de sua realidade e isso mudou — afirmou Baldy.

Ele lembrou que a eletrificação avança num ritmo acelerado e citou pequenos caminhões elétricos de entregas de produtos que já circulam pelas cidades, além dos ônibus, e em breve tratores eletrificados que devem começar a ganhar mercado.

O vice-presidente da BYD disse ao GLOBO que a unidade da BYD em Camaçari, na Bahia,deve começar a produzir já no primeiro semestre de 2025. Ele afirmou que já foram investidos mais de R$ 500 milhões no complexo industrial para terminar a primeira etapa das obras em 2024.

— Nosso objetivo é que o primeiro prédio esteja concluído em outubro. É uma obra que tem muita velocidade já que os investimentos são expressivos — afirmou o executivo.

Novos investimentos


Sobre uma possível nova unidade da BYD para produzir chassis de ônibus e baterias, informação que começou a circular no mercado após uma visita de Baldy ao governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, o vice-presidente da montadora afirmou que outros investimentos vem sendo analisados.

— A BYD tem projeção de produzir as baterias no Brasil e atender o mercado da eletromobilidade como um todo. Estamos produzindo ônibus para a cidade de São Paulo e para atender o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), programa do governo federal, que vai colocar mais três mil ônibus em todo o país — disse.

Ele lembrou também que serão necessárias as chamadas 'baterias estacionárias', que armazenam eletricidade, e podem suprir energia em momentos em que os sistemas fotovoltaicos param de captar luz solar durante o dia.

— Nós acreditamos muito nesse potencial e isso faz parte das perspectivas de investimento no país. Tudo é avaliado, os estados, todas as regiões — afirmou Baldy, lembrando que a possibilidade de investimento no Rio Grande do Sul será estudada e aprofundada.

Baldy afirmou que o preço de lançamento do Yun Pro busca trazer competitividade ao veículo no mercado brasileiro. Quando for fabricado no país, o objetivo é manter o mesmo preço na concorrência com os modelos a combustão, 'que não têm os mesmos acessórios tecnológicos do Yuan", afirmou.

O Yuan Pro tem 177 cavalos de potência e acelera de zero a 100 quilômetros em 7,9 segundos. Tem 4,31 metros de comprimento e 2,62 metros de distância entre os eixos. Tem Câmeras de 360 graus, freis a disco nas quatro rodas e 80% do veículo é feito em aço de alta resistência, o que traz mais segurança aos passageiros em caso de uma colisão.

Os testes feitos pela BYD mostraram uma autonomia de 390 no meio urbano e 316 quilômetros na estrada. O carro vem com central multimidia, tela giratória de 12,8 polegas e função karaokê. O veículo será oferecido em cinco cores.

— Até dia 10 de setembro, os prompradores terão um ano de seguro grátis e cinco anos de manutenção também gratuita — disse Henrique Antunes, diretor comercial da BYD no Brasil.


Fonte: O GLOBO