Amazônia devastada por chamas Foto: Nilmar Lage/Greenpeace.
Comparando os focos de incêndio com anos anteriores, setembro de 2024 foi o mês com mais queimadas desde 2010, quando 109.030 focos foram registrados. Em relação a setembro de 2023, houve um aumento de 78,74%, já que no mesmo período do ano anterior foram contabilizados 46.498 focos. Tradicionalmente, setembro é o pico das queimadas no Brasil, com o fenômeno geralmente se estendendo até outubro. Apenas nesta segunda-feira (30), o Brasil registrou 966 focos de incêndio, sendo o cerrado o bioma mais afetado, com 473 ocorrências, representando 94% do total. O Pará liderou as queimadas em 24 horas, com 134 focos, seguido pela Bahia, com 133, e Minas Gerais, com 113.
Entre os seis biomas brasileiros, cinco registraram incêndios. A Amazônia foi o segundo bioma mais atingido, com 288 focos, ou 29,8% do total. Esses dados destacam o impacto das queimadas em diversos biomas. Além do aumento no número de focos de incêndio, o Brasil enfrenta uma seca histórica, considerada a mais severa em 44 anos, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Diversos fatores agravaram a situação. A seca e a estiagem, características do inverno brasileiro, começaram em junho e se estenderam até o final de setembro, mas neste ano apresentaram uma intensidade atípica devido a fatores climáticos. Entre os principais fatores que contribuíram para a severidade da seca estão seis intensas ondas de calor desde o início da temporada e o adiantamento da seca em algumas regiões. Na Amazônia, por exemplo, a estiagem começou quase um mês antes do previsto, intensificando-se em junho, o que agravou ainda mais o cenário.
Fonte: Por Maria Fernanda



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