Ex-presidente ficará em cela individual e em regime fechado após ser preso por corrupção e lavagem de dinheiro; pedido de prisão domiciliar segue em análise

O ex-presidente da República, Fernando Collor, foi transferido nesta sexta-feira (25) para o Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió (AL), onde cumprirá pena em regime fechado. A decisão foi tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após audiência de custódia realizada na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas.

A transferência ocorreu por volta das 14h, em uma viatura da Polícia Federal. Como ex-presidente, Collor ficará em uma cela individual, localizada em uma ala especial do estabelecimento prisional. Ele havia sido preso durante a madrugada no Aeroporto de Maceió, quando se preparava para embarcar para Brasília, onde pretendia se entregar às autoridades.

Durante a audiência, Collor manifestou o desejo de permanecer preso em Maceió, sua cidade natal, evitando a transferência para a capital federal. Ele relatou que não houve qualquer irregularidade por parte dos policiais no momento da prisão e que passou por exames médicos após ser detido.

A defesa do ex-presidente também entrou com um pedido no STF solicitando a conversão da prisão em regime domiciliar, alegando que Collor tem 75 anos e enfrenta sérios problemas de saúde, como Parkinson, apneia grave do sono e transtorno afetivo bipolar. Apesar disso, Collor afirmou na audiência que não faz uso contínuo de medicamentos.

Em resposta ao pedido, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a direção do presídio informe, em até 24 horas, se possui estrutura adequada para garantir o tratamento médico necessário ao ex-presidente. O pedido de prisão domiciliar foi encaminhado à Procuradoria-Geral da República para avaliação.

Collor foi condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, em um processo decorrente das investigações da Operação Lava Jato.