
Medida visa aumentar a segurança contra fraudes e será obrigatória para todos os aposentados e pensionistas, independentemente da data de concessão do benefício.
INSS passa a exigir biometria para liberar empréstimos consignados a partir desta sexta-feira
A partir desta sexta-feira, 23 de maio de 2025, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) exigirá a validação por biometria para desbloqueio de novos empréstimos consignados. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (19) e tem como objetivo reforçar a segurança dos beneficiários e combater fraudes no sistema.
De acordo com o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, a medida busca “mapear vulnerabilidades operacionais” e implementar melhorias nos processos relacionados ao crédito consignado. A biometria deverá ser validada diretamente na plataforma Meu INSS, com base em dados do governo federal.
A exigência amplia uma norma anterior, que já solicitava biometria para quem teve benefício concedido a partir de abril de 2019. Com a nova regra, a autenticação biométrica passa a ser obrigatória para todos os aposentados e pensionistas, mesmo aqueles que já recebiam o benefício antes dessa data.
Combate às fraudes
A decisão ocorre em meio ao aumento de denúncias de golpes relacionados ao consignado. Somente em 2023, uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) registrou mais de 35 mil reclamações sobre empréstimos realizados sem autorização dos beneficiários.
No início de maio, o TCU determinou a suspensão de novos descontos relacionados ao consignado, reforçada por uma liminar de ação civil pública. O desbloqueio só será possível mediante solicitação do próprio beneficiário, agora validada por biometria.
Além disso, investigações da Polícia Federal identificaram esquemas de fraude praticados por associações que realizavam descontos indevidos em aposentadorias e pensões. As irregularidades incluíam filiações forçadas e cobranças automáticas, sem consentimento dos segurados.
Estima-se que cerca de 4,1 milhões de aposentados tenham sido prejudicados, com um prejuízo que pode chegar a R$ 6,3 bilhões. Segundo o presidente do INSS, os valores descontados indevidamente deverão ser devolvidos diretamente na conta dos segurados.
Fonte: Redação, com informações do Diário Oficial da União e do INSS.
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