Estreou, no último dia 27 de novembro, no Espaço Taperi, em Porto Velho, o filme Há Sinais, uma produção que já nasce histórica por colocar as pessoas com deficiência no centro da criação, da narrativa e da execução. Com grande parte da equipe formada por profissionais com deficiência auditiva, o curta demonstra com força e sensibilidade, que a arte acessível é não só possível, mas necessária.
A narrativa conta a trajetória de
Marcelo, um jovem com deficiência auditiva que enfrenta as dores universais da
vida, perdas, dúvidas, amadurecimento, somadas aos desafios da comunicação e da
falta de inclusão. Na adolescência, ele perde o pai, o que aprofunda suas dificuldades,
mas não o impede de avançar. Com resiliência, Marcelo supera barreiras que
muitas vezes a sociedade nem percebe, trazendo as telas uma verdade que toca e
ensina.
Um dos grandes méritos do filme é
sua construção inteiramente em Libras. A câmera valoriza os gestos, a
expressividade facial e a comunicação corporal, elementos centrais da linguagem
desse público. A obra transforma o visual em sentimento e aproxima a plateia da
riqueza dessa forma de diálogo.
Jailton ressalta que o filme
transforma a linguagem visual, permitindo a compreensão, a profundidade da
comunicação não verbal.
“Outro diferencial marcante é o
cuidado em tornar a obra plenamente acessível também às pessoas com deficiência
visual. Todas as cenas contam com recursos audiovisuais que descrevem
ambientes, ações e emoções, garantindo que o filme seja compreendido em sua
totalidade por quem depende da audiodescrição e inovam em um cenário onde o
cinema raramente oferece oportunidades. Estão de parabéns o diretor Édio
Wilians e o produtor Chicão Santos pela coragem e pelo compromisso com a
inclusão.", completou o Dr.
Vale lembrar que a produção gerou
cerca de 43 empregos diretos e indiretos, abrindo espaços para profissionais
com deficiência que raramente encontram portas abertas no mercado tradicional.
Portanto, uma resposta contundente à falta de representatividade no cinema
brasileiro.
O Momento da Inclusão, quadro
reconhecido por destacar ações que ampliam a visibilidade das pessoas com
deficiência, deu espaço especial à estreia do filme, reforçando sua relevância
cultural e social.
A estreia no Espaço Taperi,
localizado na Rua Franklin Tavares, 1357, no bairro Olaria, foi apenas o
começo. A equipe planeja levar Há Sinais para o interior do estado, com
exibições previstas em Guajará-Mirim e nos distritos de Porto Velho.
Há Sinais nasce como obra
cinematográfica e cresce como manifesto de igualdade. Um lembrete de que,
quando a inclusão é real, a arte floresce, e todos ganham.
Este filme chega como um recado
poderoso, pois, quando a sociedade oferece espaço, o talento e humanidade
aparecem. E a mensagem é clara, é possível vencer as dificuldades quando a
acessibilidade deixa de ser exceção e passa a ser regra.
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